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Crise do Feudalismo


Nome:Marcus Vinicius Nº38 1ºD
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Economia feudal

A economia feudal deve ser dividida basicamente em dois blocos: alta idade média e baixa idade média.
Durante a alta idade média, que transcorreu entre o século V ao século XI, devido, principalmente a instabilidade política, fruto das invasões bárbaras, a economia feudal caracterizou-se pela auto-suficiência. Isto significa dizer que o feudo buscava produziu tudo que era necessário para a manutenção da comunidade. A quase inexistência de comércio impedia que houvesse um abastecimento externo ao feudo.
Assim, as principais atividade econômicas estavam associadas à manutenção das pessoas. Merece destaque a produção agrícola e a criação de animais.
"As terras dos feudos podem ser divididas em três grandes áreas:
- Campos abertos: terras de uso comum. Nelas os servos podiam recolher madeira e soltar os animais. Nesses campos, que compreendiam bosques e pastos, havia uma posse coletiva da terra.
- Reserva senhorial: terras que pertenciam exclusivamente ao senhor feudal. Tudo o que fosse produzido na reserva senhorial era de sua propriedade privada.
- Manso servil ou tenência: terras utilizadas pelos servos, das quais eles retiravam seu próprio sustento e recursos para cumprir as obrigações feudais."1
Já na baixa idade média notou-se uma ruptura com as características de subsistência que apresentava o feudalismo. Com o fim das invasões e o surgimento de novas tecnicas agrícolas foi possível a comercialização do excedente de produção.
"O amumento do comércio promoveu o desenvolvimento das cidades medievais. Grande parte dessas antigas cidades tinha um núcleo fortificado com muralhas, chamado burgo.
Com o crescimento da população, o burgo foi alargando seus limites para além das muralhas. Os comerciantes e artesãos que viviam em torno dos burgos eram chamados de burgueses.
Aos poucos, o progresso do comércio e das cidades foi trnando a burguesia mais rica e poderosa, passando a disputar interesses com a nobreza feudal. Além disso, a expansão do comércio também influenciou na mentalidade da população camponesa, contribuindo para desorganizar o feudalismo.
Cansados da exploração feudal, muitos servos ouviam entusiasmados as notícias da agitação comercial das cidades. Grande número deles migravam para as cidades em busca de melhores condições de vida. As cidades tornaram-se locais seguros para aqueles que desejavam romper com a rigidez da sociedade feudal. Por isso, um antigo provérbio alemão dizia: O ar da cidade torna o homem livre.
Os servos que não migraram para as cidades organizaram no campo diversas revoltas contra a opressão dos senhores. Em muitos casos, conseguiram aliviar o peso de algumas obrigações, como a talha e a corvéia. Isso foi forçando a modificação das antigas relações servis. Surgiram, por exemplo, contratos de arrendamento da terra entre camponeses e proprietários. Surgiram, também, contratos de salário apra pagamento do trabalho dos camponeses.
Todos esses fatos mostram a crise e a decadência do sistema feudal, sobre tudo, a partir do século XIV. Inicia-se a transição para a Idade Moderna, época marcada pela crescente implantação do modo de produção capitalista."1
Lentamente foi surgimento rotasl de comércio por toda a Europa, merecendo destaque as rotas do sul que eram organizadas pelas cidades italianas de Gênova e Vezeza e as rotas do norte que se desenvolviam na região de Flandrês.

"Nos cruzamentos dessas grandes rotas comerciais com outras menores, que uniam todos os pontos da Europa, surgiram as feiras, grandes mercados abertos e periódicos, para onde se dirigiam comerciantes de várias partes do continente. Protegidos pelos senhores feudais, que lhe cobravam taxas de passagem e permanência, os comerciantes fixavam-se por dias e semanas em algumas regiões, oferecendo mercadorias, como tecidos, vinhos, especiarias e artigos de luxo orientais. As feiras mais famosas foram as da região de Champagne, na França.

Com o rápido crescimento do comércio e do artesanato nos burgos, a concorrência entre mercadores e artesãos aumentou bastante. Para regulamentar e proteger as diversas atividades, surgiram as corporações. No início eram formadas apenas por mercadores autorizados a exercer seu trabalho em cada cidade. Posteriormente, com a especialização dos diversos artesãos, apareceram as corporações de ofício, que tiveram grande importância durante a baixa Idade Média: corporações de padeiros, de tecelões, de pedreiros, de marceneiros, etc.
Cada uma dessas corporações reunia os membros de uma atividade, regulando-lhes a quantidade e a qualidade dos produtos, o regime de trabalho e o preço final. Procuravam assim eliminar a concorrência desleal, assegurar trabalho para todas as oficinas de uma mesma cidade e impedir que produtos similaes de outras regiões entrassem no mercado local.
Dessa maneira, as corporações de ofício determinavam também as relações de trabalho. Em cada oficina havia apenas três cateriorias de atersãos:

-Mestres;
-oficiais ou companheiros;
-Aprendizes.

Os comerciantes também procuravam organizar-se em corporações para manter o mercado consumidor. Muitas vezes comerciantes de diferentes cidades se associavam, formado uma liga. A mais famosa delas foi a Liga Hanseática, que reunia 80 cidades alemãs e que controlava comercialmente o norte da Europa."2